O Dia do Vinho do Porto é celebrado no dia 10 de setembro. Uma história que começou em setembro de 1756, ano em que a Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro, entidade criada pelo então primeiro-ministro português Marquês de Pombal, delimitou a primeira região vinícola do mundo.
A Real Companhia Velha, como também era conhecida a entidade, era responsável pela regulamentação das vinhas da região do Alto Douro, e possuía exclusividade da produção, taxação e distribuição dos vinhos, que viriam a ser conhecidos mundialmente como “Vinhos do Porto”.
O Douro Vinhateiro, localizado no norte de Portugal, é considerado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO como “paisagem cultural evolutiva e viva”. A região engloba cerca de 250 mil hectares, onde 44 mil são compostos por vinhas e 32 mil estão autorizados a produzir vinho do Porto.
Produção do Vinho do Porto
A produção da bebida licorosa é complexa. Em meados de setembro, as uvas são vindimadas à mão e o vinho é feito a partir de uma ampla variedade de castas tradicionais, a maioria delas nativas da região do Douro. Depois são transportadas para a adega e inspecionadas por enólogos. Aprovadas, são colocadas em grandes tanques para serem “pisadas” – ou com máquinas modernas especiais ou, mantendo a tradição, com os pés descalços e de forma artesanal. Durante o processo de elaboração, o vinho recebe adição de aguardente vínica, uma bebida feita por meio da destilação do vinho com o objetivo de aumentar a graduação alcoólica do produto final. Essa adição ocorre durante a fermentação, quando as leveduras morrem com o alto teor de álcool e o processo é interrompido resultando, assim, em um vinho fica com uma quantidade maior de açúcar residual.